segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

AMOR: A CHAVE QUE ABRE AS PORTAS DA VIDA ETERNA COM DEUS

1Co 13:1: "Ainda que eu falasse  as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine."

          Amados leitores, quando leio este versículo, muito me vêm a mente, pois falo agora não de um ato ou de um mero sentimento, mas de uma relação íntima do Homem com Deus que deve ser intensa e constantemente vivida a partir do mais profundo da alma e exteriorizado pelo corpo: o amor.
 
          O Apóstolo Paulo define com muita clareza o que é o amor em todo o capítulo 12 em sua 1ª Carta endereçada aos Coríntios, um povo que parecia ser duro de coração, cheio de dúvidas quanto ao Evangelho e que sincretizavam as Boas Novas de Nosso Senhor Jesus Cristo, com a cultura religiosa helênica (Grega), a qual foram subjulgados por toda uma vida.

          As duras palavras de Paulo àquele povo exigiam dele que falasse sobre qual era o verdadeiro sentido do amor. Quase 2 mil anos depois de escrita esta carta, eu pergunto: será que a humanidade sabe realmente o que é o amor? Será que tem noção do poder que esta relação tem sobre sua vida e da Sociedade quando praticado pelo corpo com pureza de alma e em estreita comunhão com o Espírito? Bem, é sobre isso que irei tentar sintetizar em poucas palavras.
 
          O amor é comumente relacionado com sentimentos, com as emoções de um ser humano. Já ouvi várias vezes que o amor é uma afeição de alguém por outro alguém ou algo, bem como compaixão, misericórdia, desejo ou atração, satisfação, conquista, mas tudo relacionado com as emoções humanas. Estas definições tratam de estabelecer um vínculo de satisfação da necessidade de prazer gerado pela alma e de desejo requerido pelo corpo.
 
          Observa-se comumente que o Espírito quase nunca entra nessa relação, o que torna o amor hoje pregado um sentimento de estrita relação com o carnal e o terreno. Nesses termos, o Espírito não entra nessa relação. Quando corpo, alma e Espírito se interagem em amor, este se torna um conjunto de ações concretas, que nutrem os desejos do corpo, satizfazem o prazer que requer a alma, mas tudo regulado pelo Espírito, em perfeito equilíbrio com a vontade de Deus para o ser humano.
 
          De acordo com este conjunto de fatos, o amor passa a ser definido como uma relação metafísica entre o corpo, a alma e o Espírito, de modo equilibrado, tornando o homem sábio, racional e preparado para viver a verdade. Ora, Cristo é a verdade (Jo 14:6). Quando se ama conhece-se a Cristo e pratica seus ensinamentos. Quando se ama vive-se uma relação direta, íntima e salutar com Deus. É neste momento que o Homem é transformado e passa a ter o direito de ser chamado Filho de Deus e a viver intensamente a Igreja de Cristo.

          Bem, o que quero dizer que o amor não deve ser sentido mas sim vivido diariamente em Deus. Deus é amor, por isso não há amor sem Ele. O verdadeiro amor, já dizia o Apóstolo Paulo, é eterno. Quem ama em Deus pratica diariamente o bem, é paciente, bondoso, não é ciumento nem orgulhoso ou vaidoso; quem ama em Deus não é grosseiro com as pessoas muito menos egoísta, não fica irritado tampouco guarda mágoas. Quando se ama em Deus não se alegra com os pecados do próximo e não quer vê-los tropeçar, sempre busca o entendimento e pratica a justiça. Quem ama em Deus nunca desiste e tudo suporta com fé, esperança e paciência (1Co 13:4-8).

          A vida em amor é a base do cristianismo. O Apóstolo João incessantemente pregou o amor, e ao que parece poucos entenderam o verdadeiro significado de sua pregação. Segundo ele o amor deve ser vivido em comunhão uns com os outros. Este Apóstolo em sua primeira carta disse que se alguém odeia o seu irmão a quem vê, como pode amar a Deus, que não vê com os olhos carnais? Esta afirmativa também é válida para àqueles que fazem intrigas, promovem confusões, falam mentiras a respeito de seu próximo e mentem quando dizem que amam, atitudes comumente vividas hojes nas "Igrejas Cristãs". Ele também disse que somos pecadores e quem nega esta natureza humana é mentiroso e não toma parte no Corpo de Cristo.

          Contudo, se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para perdoá-los e nos purificar de toda a injustiça (1Jo 1:9). Se vivemos o amor de Deus, reconhecemos a nossa vil natureza e passamos a ter Jesus Cristo como nosso defesnsor e não como juiz, para que tenhamos nossos pecados redimidos.

         Logo, se amamos uns aos outros fraternalmente, não pecamos, praticamos os mandamentos de Deus e consequentemente o obedecemos. Nestes termos estamos vivendo em verdade e não na mentira. A partir deste momento fazemos verdadeiramente parte do Corpo de Cristo, a Igreja. Quero dizer que a Igreja deve ser vivida em amor e não frequentada.

        A Igreja não é um lugar, mas um modo de vida. Quem só frequenta uma igreja vive uma mentira e consequentemente está em pecado. Quem vive a Igreja vive em amor, pratica a verdade e passa a ter a certeza da vida eterna com Deus. Não quero dizer de forma alguma para que o amado leitor deva abandonar a sua igreja e deixar de frequentá-la. De modo algum! Quero apenas levá-lo a meditar no que é verdadeiramente viver a Igreja e ser dela componente como membro do Corpo de Cristo, relacionando com os irmãos em Espírito, em Verdade e principalmente em Amor, o amor em Deus vivido e não sentido, praticado e não esbanjado. Pense nisso.